Se você ainda acha que Taylor Swift é só uma cantora pop com letras românticas e figurinos impecáveis, talvez esteja perdendo uma das maiores lições de estratégia de mercado da década.
A norte-americana acaba de ultrapassar a marca de 100 milhões de álbuns vendidos nos Estados Unidos, tornando-se a primeira mulher na história da música a atingir esse feito segundo a RIAA (Associação da Indústria Fonográfica da América).
E não estamos falando de streams ou curtidas — são unidades vendidas, com certificado, que movimentam a engrenagem da indústria fonográfica como poucos ativos conseguem.
Esse marco coloca Taylor Swift diretamente no TOP 10 dos artistas mais certificados da história estreando em sexto lugar e superando nomes como Michael Jackson, Elton John e AC/DC. Acima dela, apenas lendas como The Beatles, Elvis Presley e Led Zeppelin.
Ou seja, Taylor não só canta sobre corações partidos — ela também quebra recordes e desafia estatísticas.
Mas o que isso significa para quem acompanha notícias financeiras? Simples: Taylor Swift é um case de sucesso empresarial. Cada álbum vendido representa receita direta, mas também impulsiona vendas de merchandising, contratos publicitários, turnês e até regravações.
Aliás, suas Taylor’s Versions — regravações de álbuns antigos — também entraram na conta, todas com desempenho comercial digno de IPO de tecnologia.
O álbum 1989, por exemplo, já vendeu mais de 14 milhões de cópias, enquanto Fearless acumula 11 milhões. E não para por aí: todos os discos de estúdio da cantora possuem pelo menos 4x platina, o que significa mais de 4 milhões de unidades vendidas cada. Até mesmo o recém-lançado The Tortured Poets Department, lançado em abril de 2024, já atingiu 8x platina em menos de um ano.
Taylor Swift: modelo de negócios une branding, fidelização e diversificação de receita
Esses números não são apenas impressionantes — são indicadores de um modelo de negócio que une branding, fidelização e diversificação de receita. Taylor Swift lidera todas as etapas de produção de seus álbuns, desde a composição até a escolha dos produtores, como Max Martin e Shellback, com quem voltou a trabalhar em seu novo disco The Life of a Showgirl, que conta com 12 faixas e uma colaboração com Sabrina Carpenter, outra estrela em ascensão.
Para o mercado, isso representa uma artista que não depende de modismos ou algoritmos. Ela constrói narrativas, entrega produtos de qualidade e mantém uma base de fãs que consome com entusiasmo e constância.
É o tipo de comportamento que qualquer analista de comportamento de consumo adoraria ver em relatórios trimestrais.
























