Segundo o relatório This Is Music 2025, publicado pela UK Music, a indústria musical do Reino Unido contribuiu com impressionantes 8 bilhões de libras esterlinas (algo em torno de R$ 55 bilhões no câmbio atual) para a economia britânica em 2024.
Isso mesmo: enquanto você cantava no karaokê, o setor estava afinando os lucros e gerando empregos como uma verdadeira orquestra econômica.
E não é só sobre cifras: é sobre como a música britânica se tornou um dos pilares da economia criativa, exportando cultura, gerando renda e provando que, sim, um bom refrão pode valer mais que muitos ativos financeiros.
Reino Unido: crescimento com refrão otimista
O número é ainda mais expressivo quando comparado ao ano anterior: um crescimento de 5% em relação aos 7,6 bilhões de libras esterlinas de 2023. E não para por aí. As exportações musicais também bateram recorde, alcançando 4,8 bilhões de libras, com artistas britânicos conquistando palcos e playlists mundo afora.
Esse crescimento foi impulsionado por grandes turnês — como a de Taylor Swift, Bruce Springsteen e Take That — que lotaram estádios e aqueceram o setor de eventos, turismo e merchandising. Ou seja, quando um artista sobe ao palco, toda uma cadeia produtiva entra em cena.
Empregos em alta e talento em expansão
A música não só gera receita, como também empregos. Em 2024, o número de postos de trabalho no setor chegou a 220 mil, um aumento de 2% em relação ao ano anterior. Isso inclui desde produtores e técnicos de som até profissionais de marketing, logística e direitos autorais.
Para o mercado financeiro, isso representa um setor com alta empregabilidade, forte demanda por serviços especializados e capacidade de adaptação tecnológica — características que tornam a indústria musical um ativo estratégico.
Desafios que pedem novos acordes
Nem tudo são aplausos. O relatório também aponta desafios que podem desafinar esse crescimento: custos crescentes, impactos do Brexit e necessidade de apoio governamental para manter o Reino Unido como referência global.
A mensagem é clara: para que a música continue tocando alto, é preciso investimento em infraestrutura, educação artística e políticas públicas que protejam e incentivem o setor.
O que isso significa para investidores?
Para quem acompanha o mercado financeiro, os dados são um convite para olhar a indústria musical com mais atenção. Além de ser um setor resiliente e inovador, ele oferece oportunidades em áreas como tecnologia de streaming, eventos ao vivo, licenciamento e exportação de conteúdo.
Empresas que atuam nesse ecossistema — de plataformas digitais a agências de direitos autorais — estão cada vez mais valorizadas, e o Reino Unido se posiciona como um dos principais polos de produção e consumo musical do planeta.
Com 8 bilhões de libras em contribuição econômica, a música britânica mostra que não vive apenas de nostalgia dos Beatles ou do glamour do Britpop. Ela é moderna, global, lucrativa — e essencial.
Para investidores, analistas e apaixonados por cultura, fica o recado: o Reino Unido está tocando uma sinfonia de crescimento, e quem souber ouvir pode transformar esse ritmo em retorno.
























