Se alguém ainda acha que música pop é só refrão chiclete e coreografia no TikTok, é hora de prestar atenção no que Demi Lovato acaba de fazer com o mercado fonográfico.
Com o lançamento de seu novo álbum It’s Not That Deep, a cantora não apenas voltou às raízes dançantes do pop, como também provocou um verdadeiro terremoto nos gráficos de streaming — e, por tabela, nas planilhas de receita.
Segundo dados divulgados no final de outubro de 2025, Demi viu suas reproduções crescerem impressionantes 180% nas plataformas digitais, como Deezer, Spotify e Apple Music. Isso significa milhões de plays em poucos dias, o que se traduz em royalties, monetização publicitária e uma bela valorização de seu catálogo musical. E não estamos falando só de aplausos: estamos falando de dinheiro entrando no caixa.
O modelo de negócios da indústria musical mudou radicalmente. Se antes o sucesso era medido em CD’s vendidos, hoje o termômetro é o número de vezes que sua música toca no fone de alguém — e quanto tempo ela permanece nas playlists. O streaming virou a principal fonte de receita para artistas e gravadoras, oferecendo um fluxo constante e escalável de ganhos.
No caso de Demi Lovato, esse quantitativo salto não é só um pico momentâneo. Ele indica engajamento contínuo, inclusão em algoritmos de recomendação e aumento da base de fãs ativos. Em outras palavras: ela não só lançou um álbum, como também ativou uma máquina de receita recorrente.
Demi Lovato: a marca pessoal que vale milhões
Além do impacto direto nas plataformas, o sucesso de It’s Not That Deep fortalece a imagem de Demi Lovato como marca. E uma marca forte atrai contratos publicitários, parcerias comerciais e até convites para produções audiovisuais. Cada pico de audiência é um argumento a mais na hora de negociar licenciamento de imagem ou fechar um novo endorsement.
Para investidores que acompanham o setor de entretenimento, esse tipo de performance é ouro puro. Empresas que gerenciam carreiras ou detêm direitos sobre obras musicais usam esses dados para precificar ativos e atrair capital. Afinal, quem não gostaria de ter um pedacinho de um catálogo que cresce 180% em uma semana?
O desempenho de Demi também tem reflexos diretos na gravadora responsável pelo lançamento. Em um mercado competitivo, mostrar que você ainda sabe lançar hits é um diferencial valioso. E se essa gravadora estiver vinculada a um grupo com ações na bolsa, o impacto pode ser sentido até no valor de mercado.
Não à toa, fundos de investimento têm demonstrado interesse crescente em catálogos musicais. O sucesso de álbuns como It’s Not That Deep serve como prova de que esses ativos combinam apelo cultural com estabilidade de receita — uma combinação rara e desejada em qualquer portfólio.
O crescimento no streaming de Demi Lovato é um sinal claro de que a música pop continua sendo uma força econômica poderosa, capaz de gerar valor, atrair investidores e moldar tendências de consumo digital.
Para quem ainda acha que música é só entretenimento, talvez seja hora de rever os conceitos — e quem sabe, os investimentos também.















